quinta-feira, 28 de abril de 2011

30 HORAS SEMANAIS PARA ENFERMAGEM


Pela aprovação do Projeto de Lei 2295/2000, que regulamenta a Jornada dos Profissionais de Enfermagem.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da ONU, argumenta que a jornada de 30 horas é melhor para pacientes, usuários e trabalhadores em saúde. 
Segundo o 1º Secretário do Cofen, Enf° Gelson Albuquerque, “resgatará uma injustiça contra os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que representam, numericamente, mais de 58% de todos os trabalhadores de saúde. Estes realizam mais de 60% das ações feitas nos diversos serviços de saúde, portanto, com uma carga elevada de trabalho e submetidos, raras exceções, à péssimas condições de trabalho, colocam em risco o atendimento prestado, fruto da pressão, cansaço e estresse das atividades que realizam.”

O desgaste de lidar com sofrimento, angústia e morte requer condições especiais de trabalho aos profissionais da Saúde.

A II Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde de 1993 propôs que, “considerando a natureza da atividade em saúde, a jornada máxima de trabalho para os trabalhadores de Saúde seja de 30 horas  semanais".

terça-feira, 19 de abril de 2011

TESTE DE PAPANICOLAU - CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO


Criado pelo Dr. George Papanicolau em 1940, este exame tem como princípio a prevenção e a detecção de doenças e riscos de aparecimento do câncer de colo uterino, através de estudo a observar possíveis alterações celulares.
O exame Papanicolau poderá ser determinado também como Citologia Oncótica/ Citopatologia ou Exame Preventivo (conhecido popularmente como Prevenção) e em outros países como Pap Test ou Pap Smear.
Consiste inicialmente no exame da vulva e posteriormente na coleta de material uterino através do uso do Espéculo (bico de pato) para afastar as paredes da vagina possibilitando a visualização do útero, de uma espátula e de uma pequena escova para a remoção de algumas células, sendo o material coletado enviado para exame laboratorial microscópico.
As alterações que podem ser detectadas são chamadas de Displasia Cervical e podem se transformar em câncer se não forem descobertas e tratadas. Se as células se mostrarem normais, não será necessário nenhum tratamento.
Este exame pode determinar níveis hormonais como progesterona e estrogênio, bem como doenças da vagina como verrugas, herpes, infecções causadas por fungos ou por Trichomonas.
Deve ser realizado em todas as mulheres com vida sexualmente ativa, pelo menos uma vez ao ano, normalmente uma semana antes da menstruação, evitando duchas e cremes vaginais ou relações sexuais vinte quatro horas antes do exame. É recomendado pelo médico a freqüência com que o exame será feito baseado nos seus fatores de risco para desenvolver câncer cervical. Após os 65 anos, o médico poderá não mais pedir o exame de citologia caso os anteriores tiverem sido normais. No entanto, um exame físico anual continua sendo importante por outras razões de saúde, inclusive para tornar possível a descoberta de um câncer de mama e de vulva, ainda em fase inicial.
Existem fatores de risco que podem determinar o desenvolvimento deste tipo de câncer:

Início da vida sexual muito cedo;
Muitos parceiros sexuais;
Infecções genitais;
Multiparidade;
Câncer de vulva ou vagina;
Tabagismo;
Imunodepressão;
Uso de drogas;
DST’s/AIDS;
Falta de higiene.

Apesar do exame preventivo ser simples, inócuo, eficiente, de baixo custo, o câncer cérvico-uterino ainda tem sido uma das principais causas de morte entre as mulheres brasileiras.
No Brasil a prevenção do câncer não recebe atenção caracterizada por ações educativas. Esta situação é conseqüência da falta de conscientização da população sobre a importância do diagnóstico precoce e da falta de definição dos serviços de saúde sobre o caminho a ser seguido pela mulher, desde a primeira queixa até o diagnóstico e o tratamento especializado.
De acordo com o Ministério da Saúde, os fatores responsáveis pelos altos níveis de câncer cérvico-uterino no Brasil são: insuficiência de recursos humanos e de materiais disponíveis na rede de saúde para prevenção, diagnóstico e tratamento; utilização inadequada dos recursos existentes; má articulação entre os serviços de saúde na  prestação da assistência nos diversos níveis de atenção; indefinição de normas e condutas; baixo nível de informações de saúde da população em geral e insuficiência de informações necessárias ao planejamento das ações de saúde.



Elaborado sob orientação do médico: João Manuel Marques Cristóvão.


Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde.
Lopes RML. A mulher vivenciando o exame ginecológico na presença do câncer cérvicouterino.
Ginecologia, Günther Kern, 2ª edição, Guanabara Koogan, 1978.
Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª edição, Duncan, Artmed, 2004.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ESQUEMA SIMPLIFICADO DA ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO

  Os neurônios caracterizam-se pelos processos que conduzem impulsos nervosos para o corpo e do corpo para a célula nervosa. Os impulsos nervosos são reações físico-químicas que se verificam nas superfícies dos neurônios e seus processos. Reações semelhantes ocorrem em muitos outros tipos de células mas elas são mais notáveis nos neurônios, cujos caracteres estruturais se destinam a facilitar a transmissão dos impulsos a grandes distâncias.
Nossa medula espinhal tem a forma de um cordão com aproximadamente 40 cm de comprimento. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas - primeira vértebra - até o nível da segunda vértebra lombar. A medula funciona como centro nervoso de atos involuntários e, também, como veículo condutor de impulsos nervosos.
Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo mensagens e vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo. A medula possui dois sistemas de neurônios: o sistema descendente controla funções motoras dos músculos, regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais originados no cérebro até seu destino; o sistema ascendente transporta sinais sensoriais das extremidades do corpo até a medula e de lá para o cérebro. 
O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo. NERVO é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou de dendritos.
As fibras nervosas,  formadas pelos prolongamentos dos neurônios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios, organizam-se em feixes. Cada feixe forma um nervo. Cada fibra nervosa é envolvida por uma camada conjuntiva denominada endoneuro. Cada feixe é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada epineuro.  Em nosso corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma a rede nervosa.
Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são os nervos sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são formados por prolongamentos de neurônios sensoriais (centrípetos). Aqueles que transmitem impulsos do SNC para os músculos ou glândulas são nervos motores ou eferentes, feixe de axônios de neurônios motores (centrífugos).
Existem ainda os nervos mistos, formados por axônios de neurônios sensoriais e por neurônios motores.
Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal denominam-se raquidianos.(ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA - Ana Luisa M. Vilela.)




Imagem: ANATOMIA HUMANA - SISTEMA E SEGMENTOS (DANGELO E FATTINI)