segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

JALECOS COMO FONTE DE CONTAMINAÇÃO.


Um estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), apontou que os jalecos dos médicos e demais profissionais da área da saúde, indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipamento de proteção individual pode ser fonte de contaminação. 
Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas com microorganismos como o Staphylococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. 
O resultado do estudo mostrou que a pele da região do punho estava contaminada em 97,81% dos usuários de jaleco. Nos não usuários de jalecos com punho, a contaminação era de 93,75%. 
Em matéria na edição de domingo 02/01/2011, do Jornal O Popular, este problema foi levantado não somente sobre os estudos de percentuais da contaminação dos jalecos dos profissionais e das formas de microorganismos encontrados nas amostras, mas também pelo uso fora do local de trabalho como fonte de contaminação.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em sua norma regulamentadora NR-32, que trata da segurança e saúde em serviços de saúde, diz que “os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e vestimentas utilizadas em suas atividades laborais”.
Mesmo com campanhas e normas estabelecidas pela ANVISA, ainda se vê um desfile dos profissionais utilizando jalecos e materiais de uso profissional como estetoscópios, próximos a hospitais, laboratórios e universidades. Com isso, aumentando o risco de infecção cruzada entre os profissionais e o paciente, assim tornando-os mais vulneráveis às infecções.
O jaleco consiste em proteção ao corpo e à vestimenta do profissional da área de saúde, ajudando a evitar eventuais contaminações. Ao se retirar do ambiente de trabalho, o profissional deve também desvestir o jaleco, evitando assim eventuais contaminações do ambiente de trabalho para a rua e também desta para o interior das instituições.
Logo, o melhor a ser feito é usar o bom senso e, quando não estiver trabalhando, deixar o jaleco no seu devido lugar.
A proteção do profissional da saúde e daqueles que dele necessitam depende do bom trabalho realizado, da responsabilidade e atenção dispensados em seu ambiente de trabalho. Portanto a mudança dos hábitos é fundamental para a segurança.


3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto. Li algo sobre isso no O Popular do dia 02/01/2011 e percebo que realmente é perigoso o contagio de pacientes e dos próprios profissionais da saúde pelo uso inadequado de seus instrumentos e vestimentas.

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  2. Parabéns, seus estudos sobre esse tipo de contaminação vale pra muitas pessoas que trabalham na área de enfermagem, que as vezes usam essas vestimentas até nã hora das refeições...

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  3. "O jaleco protege o profissional de saúde de ser contaminado pelo seu ambiente de trabalho, assim como protege o ambiente de receber contaminação levada pela roupa do profissional. E a cor branca é usada para que fique fácil identificar sujeira. A regra deveria ser: sujou, trocou. Mas, às vezes, se vê profissional usando jaleco “marronzinho” que um dia foi branco. Nesses casos, a roupa dele coberta com o jaleco pode estar protegida, mas, o ambiente e o paciente correm sério risco.

    É muito bom ver futuras profissionais de enfermagem preocupadas com o uso correto do equipamento de proteção. É um sinal alentador de que o setor de Saúde está formando gente melhor para cuidar da gente.

    Muito bom, Suzana!"


    PELO JORNALISTA: CASSIM ZAIDEM (VIA EMAIL)

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